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terça-feira, 13 de julho de 2010

Postado da coluna do Paulo Carvalho no Jornal da Besta Fubana





POR QUE TANTO ÓDIO?

O que faz uma pessoa ter sentimentos tão mesquinhos? Desconhecimento, desamor, medo, insegurança?
As declarações de membros de comunidades presumidamente de São Paulo no Orkut, com relação aos Nordestinos, pedem uma reflexão. Não dá para rebater no mesmo tom, seria no mínimo incoerência. Como disse o poeta Antônio Marinho em recente conversa, como discutir um assunto desta importância com pessoas que desconhecem Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freire, O Povo Brasileiro, de Darcy Ribeiro? Ou mesmo que desconhecem o valor de Rogaciano Leite, Graciliano Ramos, Câmara Cascudo, só para citar alguns, já que não podemos citar todos, pois são centenas nas áreas mais distintas.
Patriotismo exagerado, bairrismo, discriminação social, são coisas atrasadas e já nos levaram a guerras e outras sandices.
A pregação católica de que somos todos irmãos parece não encontrar eco na mente dessas pessoas, que na maioria se dizem cristãs, mas repercute bem na cabeça do ateu aqui.
Desconheço qualquer manifestação ou declaração de ódio dos nordestinos com relação aos paulistas ou qualquer outro povo, quando muito no próprio site existem comunidades como: “Odeio quem odeia Nordestinos” o que é razoável diante dos fatos.
Afinal, não vou falar de nenhum critério competitivo, como quem é melhor, ou quem tem as mais belas paisagens, praias, quem é mais rico ou produtivo, etc. não é por aí.
Tomo chimarrão todos os dias e não sou gaúcho, durmo em rede e não sou cearense, gosto de pão de queijo e não sou mineiro, não desprezo uma moqueca, um vatapá, um acarajé, um tacacá, tudo isso em nome da integração nacional. Gosto de vinho Francês, de Whisky Escocês, queijo Suíço, chucrute, taco, sashimi…
Sou um cidadão do mundo! O resto é pobreza de espírito, de uma minoria, claro.

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