MANDELA
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião.Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.” (Nelson Mandela)
Um dia desses eu discutia com alguém sobre Mandela.
Falava da minha admiração pelo homem que ele foi e ainda é.
A pessoa tinha um discurso que eliminava qualquer tentativa de argumentação:
Trata-se de um terrorista. Matou em nome de um ideal e nenhum ideal vale uma vida.
Não vou discorrer sobre o tema, porque todos temos o direito da livre expressão e de termos e conservarmos nossa própria opinião sobre todos os fatos.
Só penso que não se faz a omelete sem quebrar alguns ovos. Mas se esses ovos forem quebrados por um negro, em pleno apartheid, isso fará dele um terrorista, é óbvio. Só que terroristas, não são respeitados. Terroristas não costumam receber o premio Nobel da Paz.
Nelson Mandela é uma referência . Sua incansável luta contra o Apartheid , à segregação e ao preconceito, buscando sempre a igualdade entre todos, transformaram-no no político com a maior autoridade moral não só no continente africano, mas em todo o globo terrestre.
Um homem que dispensa comentários.
Ontem tive a oportunidade de assistir Invictus, que conta a história de como Nelson Mandela, após 27 anos de prisão, recém eleito presidente da África do Sul, utilizou a Copa do Mundo de rúgbi em 1995 para conquistar a simpatia de uma nação pela causa de uma democracia multirracial .
A origem do titulo do filme é o nome de um poema de Willian Ernest Henley, que para ele era como uma oração , dando força para que continuasse se levantando , todas as manhãs, durante não só os 27 anos de prisao, mas em todos os dias de sua vida.
Minha opinião sobre Mandela não se limita, é óbvio ao filme, mas tem a ver com a maneira como ele nunca, jamais se deixou derrotar, sobre a força que o manteve ereto diante de seus ideais e do modo como sempre, sempre procurou por em prática o espírito de igualdade entre seus semelhantes.
Algumas pessoas queridas sempre me dizem que falo pouco sobre os temas, que eu poderia explorá-los muito mais, mas não é essa minha intenção. Não pretendo me aprofundar além do necessário . Para mim, basta chamar a atenção dos que conhecem a história , ou despertar a curiosidade daqueles que não tem conhecimento sobre ela, para que não se perca nunca o hábito de discutirmos, não as pessoas ou seus atos, mas seus ideais .
À Nelson Mandela, o meu mais sóbrio respeito e admiração.
Invictus
Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por minh’alma insubjugável agradeço.
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por minh’alma insubjugável agradeço.
Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.
Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.
Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.
Ai, olhe, esse é um dos textos que mais gosto de reler.
ResponderExcluir(E a módestia me impede de falar mais...)
Que gostoso, gente, ver meu texto sendo postado aqui!
Fico feliz mesmo, viu?